Descrição
A Melaleuca pertence à família das mirtáceas, que possui 130 gêneros e fazem
parte dela o eucalipto e o cravo. O gênero Melaleuca compreende
aproximadamente 200 espécies, todas nativas da Austrália. A árvore de tea
tree pode chegar a 6 metros de altura, porém seu crescimento é muito lento, e
pode viver por anos como um arbusto. Dentre as muitas propriedades do óleo,
podemos citar sua ação bactericida, antifúngica, germicida, expectorante,
antisséptica, antivirótica e cicatrizante.
Óleo Essencial de Aroma Herbáceo. Indicado para tratar micoses de unha e
pele, candidíase, gengivite, periodontite, afta, mau hálito, brotoeja, calos,
frieiras, feridas, otite, dor de garganta, herpes labial, esporão de calcâneo e
sarna.
Na face é excelente para tratar pele oleosa, acnes severas, verrugas e
pústulas. Dica: use em máscaras de Argila Verde ou Preta ou vaporização
facial.
Útil para tratar o couro cabeludo contra psoríase, caspa e seborreia. Pode usar
junto ao shampoo.
ESPECIFICAÇÃO DO PRODUTO
As propriedades medicinais do óleo de Melaleuca são conhecidas por centenas
de anos pela tribo australiana de aborígines Bundialung. Eles tratavam muitas
afecções com macerados das folhas da árvore e costumavam nadar na lagoa
onde as folhas caídas haviam tornado a água um banho terapêutico. A
Melaleuca passou a ser conhecido no ocidente a partir da expedição do capitão
James Cook, que em 1770 aportou na baía de Botany na Austrália, e observou
os aborígenes fazerem chá com as folhas de uma árvore, usada com
finalidades medicinais. O botânico da expedição, Joseph Banks, coletou
amostras das folhas de diferentes espécies de melaleucas usadas neste chá
nativo, e acabou por dar-lhes o nome de “Tea Tree” ou “árvores de chá”.
Em 1920, o Dr. A. R. Penefold, um químico do governo em Sidney, Austrália,
recebeu o crédito pelo início da pesquisa clínica em seres humanos e
documentação dos diversos benefícios associados com o óleo de Melaleuca.
Seus estudos determinaram que o óleo de Melaleuca possuía um potencial
cerca de 11 a 13 vezes mais poderoso do que o ácido carbólico (fenol) para
matar bactérias e fungos, contudo não queimando a pele apesar disso. Os
resultados de suas pesquisas foram além das expectativas. O óleo de
Melaleuca veio a ser tão valorizado pelo governo australiano que, durante a
Segunda Guerra Mundial, todos envolvidos na produção e fornecimento deste
óleo foram dispensados do serviço militar com o objetivo de suprirem a
demanda dos soldados britânicos e australianos nas frentes de batalha. O óleo
entrou na maleta de primeiros socorros de todos os soldados, e era chamado
de “kit medicinal engarrafado”.
A utilização de todo o óleo produzido pelas destilarias pelo governo, resultou no
seu desaparecimento no mercado, e aliado ao surgimento de novas drogas
durante e após a segunda guerra, ele passou a ser cada vez menos utilizado
pelas pessoas, até que entre 1960 e 1970, com o advento de uma nova
geração mais voltada para a medicina alternativa e produtos naturais, o óleo de
Melaleuca reviveu novamente ganhando outra vez popularidade. A partir daí,
cientistas de várias partes do mundo começaram a desenvolver novos testes
com o óleo e comprovar ainda mais sua eficácia já há muito conhecida. Dentre
os diversos tipos de usos que o óleo possui, podemos dizer que o mais
interessante é na eliminação de bactérias causadoras de infecções.
Pesquisadores australianos demonstraram uma ação rápida in vitro, de menos
de uma hora sobre todas as bactérias das colônias estudadas, em diluições
que variavam de 0,5% até 1,25% conforme o tipo de microorganismo. Eles
estudaram a ação da Melaleuca sobre um tipo de “supermicróbio”, comumente
resistente à meticilina ou MRSA, o Staphylococcus aureus, uma bactéria
hospitalar que não responde a antibióticos e mata pacientes em todo o mundo.
Descobriram que apenas uma pequena quantidade do óleo de Melaleuca (uma
concentração de 0.25%, equivalente a 5 gotas em 100ml água), foi suficiente
para inibir o crescimento bacteriano; com o dobro da dosagem (0.5%), ele mata
esta bactéria. Desta forma, não só o uso da Melaleuca na eliminação de
infecções é válida, mas também seu uso na purificação de água e alimentos
(como alternativa ao cloro) e no ar (em difusores ou ar condicionado) encontra
grande valia.
Uma das vantagens de se recomendar o óleo de Melaleuca como antisséptico,
é que é impossível para um micróbio infeccioso criar resistência a ele. O óleo
possui uma complexidade química tão grande, com mais de 100 componentes,
que uma bactéria não consegue modificar seu sistema enzimático para lidar
com isso. Esta é hoje uma das grandes vantagens do uso da Melaleuca em
substituição aos antibióticos convencionais, que a cada dia perdem mais ação
pelo fato dos micróbios estarem desenvolvendo resistência a seus efeitos,
exigindo assim o uso de drogas cada vez mais fortes e prejudiciais. Num
estudo do Departamento de Pesquisa do Colégio Nacional de Quiropraxia,
EUA, foi constatado que a Melaleuca age como antisséptico de duas maneiras,
através de uma ação direta sobre os microorganismos, e através de um
processo de ativação dos glóbulos brancos no processo de defesa do corpo.
Sendo assim, podemos considerar que ele possui propriedades
imunoestimulantes, o que o torna uma alternativa formidável para pacientes
com baixa resistência e/ou doenças que fragilizam sua imunologia e permitem
o aparecimento de doenças inoportunas. Pesquisas feitas em maio de 2000 por
4 cientistas (Mikus J, Harkenthal M, Steverding D, Reichling J.) demonstraram
uma toxidade 1.000 vezes maior do óleo de Tea Tree sobre o protozoário
Trypanosoma brucei (causador da doença do sono) do que para as células
humanas. Eles encontram também bons resultados contra Leishmania major
(causador da Leishmaniose). Isto sugere a possibilidade do uso interno do óleo
de Melaleuca no tratamento destes parasitas, assim como a possibilidade de
bons resultados sobre um parente próximo do T. brucei, o Trypanosoma cruzi,
que causa a “Doença de Chagas”.
Testes feitos pelo departamento de medicina experimental, na Itália
demonstraram que uma solução num teor mínimo de 0,5% do óleo de
Melaleuca é eficaz contra um largo número de fungos e micoses de pele (pé de
atleta, frieiras, etc). Hoje o Tea Tree é considerado um recurso valioso dentro
da odontologia no tratamento de doenças bucais e na prevenção da cárie.
Pesquisadores brasileiros da Escola Dentária de Piracicaba (via UNICAMP),
demonstraram ser o óleo de Melaleuca mais eficaz que a clorexidina e o óleo
de alho no combate a bactérias bucais. Apesar de todos os três mostrarem
atividade antimicrobial sobre Streptococci mutans, agente causador de cáries,
somente o Melaleuca apresentou resultados nos outros tipos de bactérias. A
clorexidina é em geral indicada para a redução da flora microbiana, sendo
utilizada em produtos para desinfecção das mãos, tratamento de infecções na
área bucal, genital e da pele.
Precauções
Este óleo não é considerado tóxico. Em pessoas hipersensíveis, pode causar
dermatite de contato em concentrações acima de 10%. No uso interno, pode causar neurotoxicidade acima de 5 ml.
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